Das 450 escolas que participarão da disputa, apenas 18 estiveram presentes na abertura do evento
Por Ayrton Freire
A fase final dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNs) foi aberta nesta sexta-feira (9) com baixa presença de público. Ao contrário de outros anos, quando um estádio de futebol – o Machadão – era lotado por estudantes, professores, pais e atletas, o que se viu foi uma empolgação contida e reduzida a algumas dezenas de alunos.
Das 450 escolas que participarão da disputa, apenas 18 estiveram presentes no Ginásio Professor Marcelo Carvalho (DED), em Candelária. A cerimônia que antes acontecia no estádio Machadão – hoje, Arena das Dunas – passou a ser realizada em espaços menores, como o DED, depois que torcidas organizadas de ABC e América protagonizaram cenas lamentáveis durante o evento.
Para evitar que antigos transtornos ocorram, o policiamento foi reforçado no evento que estava marcado para as 16 horas, mas teve início com mais de uma hora de atraso.
Depois da cerimônia de abertura, que contou com a participação do governador Robinson Faria, a expectativa é pelo início das competições na próxima quinta-feira (15).
A disputa se estende até o próximo dia 25. Ao todo, mais de 10 mil atletas participarão do jogos distribuídos em 25 modalidades – nas categorias mirim (sub-12), infantil (sub-14) e juvenil (sub-17). A disputa segue até o próximo dia 30.
Promessas
Disputando seu primeiro JERNs, Cecília de Lima, de apenas oito anos, pôde ver uma cerimônia marcada pelo espírito desportivo dos competidores. Ela representará a Escola Osmundo Faria, de Parnamirim, no jiu-jitsu. Antes mesmo da competição, a pequena lutadora que já ganhou duas medalhas no Nordeste Open, competição regional, mandou seu recado sobre a importância do esporte para sua vida. “Hoje em dia, as pessoas estão muito agitadas e o esporte pode ajudar a ganhar disciplina”.
Prestes a disputar seu quarto JERNs, Artur Sena, de 16 anos, da equipe de voleibol do Colégio Contemporâneo, luta pela sua primeira medalha na competição e torce para que durante a disputa, as arquibancadas possam estar lotadas, ao contrário do cenário da abertura.
“Gosto de ver as escolas pararem para poder assistir os jogos”. O atleta considera que os jogos escolares ajudam, inclusive, “a quebrar a monotonia do dia a dia na escola e anima os estudantes”.
Esporte e educação
O professor Antonio Carlos, o Cazuza, comentou sobre a importância dos jogos escolares. Para ele, a prática desportiva na escola “faz com que o aluno se motive a sair da zona de conforto e buscar novos desafios”.
Opinião compartilha pela educadora Gislane Gomes .Ela considera que os docentes precisam dedicar atenção “não só para motivar seus alunos, mas também para incentivar jovens que estão em situação de risco, envolvidos em drogas, a praticar atividade física”.
Quanto à importância do esporte, o secretário estadual de esporte, George Câmara, considera a prática esportiva uma terapia. “Quando o jovem tem o desporto em sua vida, nem cabe a droga. Ele preenche o espaço da vida das pessoas”, destacou.
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